Cibele Vichinsky Takayama

Marketing, informação, opinião, tecnologia e gestão

14
Nov

O Marketing Voltado ao Cliente

Postado por Cibele Vichinsky Takayama em 14/11/2010.

As páginas da história, em seus rabiscos acerca das primeiras revoluções mercadológicas, apresentaram os indícios iniciais de uma “ciência” cujo intuito era otimizar os processos capitalistas, mapeá-los e estudá-los sob uma ótica geral de mercado. Com o decorrer das décadas e as melhorias econômicas, sociais e tecnológicas, os estudos foram aprimorados, “célebres personagens” do assunto compartilharam em livros suas teorias, e novas diretrizes foram conceituadas.

De acordo com o site do Moderno Dicionário da Língua Portuguesa Michaelis (2009):
Marketing é o conjunto de operações que envolvem a vida do produto, desde a planificação de sua produção até o momento em que é adquirido pelo consumidor (Michaelis, 2009, online).

Para Kotler (2005), marketing representa um processo social, em que indivíduos e grupos obtêm o que necessitam ou desejam a partir da oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor.

Já segundo Richers (1986), o marketing compõe atividades de uma organização social, cujo intuito é a busca e realização de trocas com o seu meio de vivência, objetivando benefícios diversos.

O conceito de marketing apresenta diversas leituras, entretanto direcionam-se a uma mesma ideologia; assim como seu “aportuguesamento” mercadologia, a palavra incita o constante processo de troca no mercado, em suas três engrenagens: fornecedor - produto ou serviço - consumidor ou cliente, e em um curso cíclico.

Os primórdios do marketing datam do início da revolução industrial - meados da segunda metade do século XVIII -, onde a necessidade de gerenciar as demandas provindas desse novo universo industrial (primeiras aplicações de marketing) refletiu em significativas transformações sócio-econômicas e na relação vendedor - comprador. Entretanto, nesse mercado burguês inexistia o poder de barganha e a concorrência ainda estava “engatinhando”.

De um lado, o foco era, impreterivelmente, a máxima obtenção de lucros; de outro, o consumo restringia-se à satisfação das necessidades básicas individuais e familiares. Nos anos posteriores à segunda guerra mundial, a necessidade de uma rápida recuperação econômica levou as nações, em nível mundial, a uma reestruturação em seus mercados, incitando o surgimento de uma acirrada concorrência, onde “vender” transpassava a simples condição de verbo.

Com o nascimento do conceito de diversidade, os compradores estavam imersos em inúmeras opções de compra. Daí o início de um novo universo, os até então “compradores” foram entitulados “clientes”.

O cliente possui poder de barganha e necessidades que, por vezes, ultrapassam as básicas para a sobrevivência. Na visão de Drucker (1984), a principal tarefa de uma empresa é criar clientes. Não obstante à citação acima, vê-se uma gama imensurável de produtos e serviços sendo ofertados para livre escolha dos consumidores. Junto a isto, surge uma importante: como são dadas estas escolhas e como são processadas pelo mercado?

Junto aos “novos clientes” - mira a qual se voltaram as corporações para o correto direcionamento de seus negócios -, surge o conceito de VALOR, adicionando um importante parâmetro de análise: VALOR X PREÇO.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DRUCKER, Peter Ferdinand. Introdução à Administração. 1ª ed. São Paulo: Thomson Pioneira, 1984.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 10a ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005.

MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=marketing> Acesso em: 30 mar 2009

RICHERS, Raimar. O que é marketing. São Paulo: Brasiliense, 1986.

 

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